domingo, 25 de março de 2012

Série Diário de Bordo. Do texto!


Série Diário de Bordo. Do texto.

            Enriquecimento. Tudo que se nos apresenta se estrutura enquanto linguagem. Todas as nossas apreensões, sejam estas oriundas do mundo ou de dentro de nós mesmo, são de caráter sensível e, portanto, nos causam impressão de sentimento, afrontamento e materialização e em seguida tradução dessa apreensão em signo.
            Tá, mas o que a fenomenologia, base dos estudos de semiótica, tem a ver com a última aula de Redação Publicitária?
O professor manifestou preocupação com o conteúdo de nosso texto, com o quanto o enriquecemos. E entendi que enriquecer não é adornar, mas sim carregar de significado. Tá aí a resposta.
            A apreensão de um texto publicitário deve ser traduzida pelo receptor e transformada num signo positivo para o produto. Como se, ao passo que se dê a leitura, se estruturasse junto uma ilustração de matizes definidas e, por sua vez, loquaz. Entrei em êxtase! Compreendi que, para tanto, é necessário banhar-se nas águas brandas da literatura, deixar bater no rosto a brisa fugaz da leitura prazerosa. É preciso muita referência para munir um texto de metáforas e adjetivos inerentes ao diferencial do produto.
            Pensei na seguinte situação: o detetive que precisa seguir as pistas deixadas pelo criminoso e, assim, capturá-lo e prendê-lo. Se o criminoso for o Curupira, não importa o quanto se sigam as pistas, o detetive estará sempre no caminho contrário. Se o criminoso for o Chico Anysio seriam necessárias cerca de 200 celas. Se o criminoso for o João Guimarães Rosa seria necessário se desprender dos sentidos, visto que todo crime seria como um neologismo, novo, coerente e eficaz.
            Mas se o criminoso fosse algo que se necessitasse vender, seria necessário um redator e metáforas que capturassem o seu diferencial e o entregasse a apreensão de seus necessitados.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Série Diário de Bordo - O Corpo do Texto

          Texto é texto. Na última sexta-feira, a aula de Redação Publicitária serviu para consolidar bastantes coisas na minha cabeça. Livre de dores de cabeça, consegui entender o lógico: redação é texto e, sendo texto publicitário, busca-se o convencimento. E convencer requer argumentação. Acabei recordando da Arte Retórica de Aristóteles que estabelece métodos de aplicação do discurso. Será que vamos estudar Aristóteles na aula de Redação? Seria interessantíssimo e eu ficaria feliz.
            Achei bacana casar o exercício desse conteúdo com a pesquisa da aula anterior, Título/ Chamada. Emprega-se uma linha de raciocínio. Opa! Raciocínio, lógica... Me emergiu, de novo, o Aristóteles do inconsciente!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Série Diário de Bordo – Título (aula 09/03)

            Na última sexta-feira, dia nove de março, durante a aula de Redação Publicitária, sentia fortes dores de cabeça. Não que a dor fosse oriunda da aula, mas sim da semana desgastante e estressante. Mas, são os percalços pelo qual todo estudante, que também trabalha, deve transpor.
            Tal situação prejudicou um pouco a compreensão do conteúdo, no entanto o esforço do professor em fazer com que a classe compreendesse e a atividade ao fim da aula serviu para absorver bem a importância do Título ou Chamada de um texto publicitário num anúncio.
            Compreendi que existe um diálogo entre a chamada e a imagem, que pode ocorrer de três formas. Na mais simples delas, chamada e imagem se equivalem, o título é uma descrição da imagem; na segunda delas, imagem e título se complementam e na terceira existe uma relação não dependente entre esses dois itens de um anúncio, imagem e texto agregam valor, exprimindo assim, várias ideias ao receptor. Este último formato é típico dos grandes anúncios.  
            A atividade passada ao fim da aula, e a pesquisa feita nesse fim de semana me fez absorver e entender melhor cada tipo de anúncio. Estou muito feliz com o início desse ano, sinto-me cada vez mais capaz de analisar e constituir opinião sobre a minha profissão.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Redação Publicitária - Série Diário de Bordo

            Série Diário de Bordo.
Redação Publicitária.

            Persuasão. Teoricamente é tudo muito simples: um texto persuasivo, em essência, quer propagar uma ideia fazendo com que o receptor convença-se de que aquele conceito deve fazer parte de seu cotidiano. Tal conceito é forjado no fogo da argumentação concisa, coerente, criativa e verdadeira.
            Assim, podemos carregar nossa mensagem de dados, tabelas e, é claro, números para, quantitativamente, provar que a idea a ser propagada seja factível e aceitável. Ou, caricatura-lhe os benefícios, as proezas, as bem-aventuranças inerentes a essa ideia, objeto, conceito, dogma, pessoa, ou qualquer outra coisa – argumentar qualitativamente.
            Agora, expondo a minha mais sofrível e suspeita opinião – sofrível por conta destas modestas linhas e suspeita porque me parece que todos os textos, períodos ou palavras sejam dignos de irrefutável ceticismo – nada se compara a humanização do texto, ao discurso munido de sentimento que se faz instrumento etéreo do caráter humano, ou seja, a argumentação ideológica.
            Dos objetivos, os mais cínicos possíveis: inculcar a necessidade e propulsar a ação. Impelir o receptor/ consumidor à aquisição. Preferivelmente para agora e de maneira crônica, compulsiva e fiel.