De colchão em colchão
chego à conclusão
meu lugar é no chão
(Paulo Leminsk)
Inspiradora! Tentei procurar uma
palavra um pouco menos faraônica para a última aula de redação publicitária,
mas, por maiores que fossem meus despeitados esforços, me vi obrigado a dobrar
os joelhos e ceder.
Para melhor nos fazer entender sobre
a força, não só semântica e rítmica, mas sensorial do slogan, o professor nos
apresentou o haikai: pequenos conteúdos poéticos que ao menosprezar a força de
significados acaba por nos garantir a sonoridade da sensação. Não poderia ser
mais esclarecedor, um haikai comprimido é um slogan garantido! Bem assim, desse
jeito!
Sexta-feira continua sendo sexta;
aquele dia arrastado, aquele dia crepuscular que nos faz perder o calor das
atividades corriqueiras para ganharmos, como que por uma dose de analgésico, a
luz nascente de mais um fim de sema que sempre vem acompanhado de um merecido
descanso. Apesar disso, o dia era de calor e a ideia dos haikai’s espalhados
pelas paredes deram um gás a mais na classe. Pelo menos na nossa agência houve
acaloradas discussões sobre os slgan’s e temas que poderiam nascer de um pequeno punhado de palavras-pássaro!
Engraçado é confundir um haikai com
um cigarro, não sei se pela brevidade ou se pelo efeito acalentador de
nervos...
Legal Thiago! Quando a gente gosta de escrever... tudo relacionado a texto nos motiva!
ResponderExcluirTalvez por isso tenha deixado para escrever nesta quinta, centenário de Nelson Rodrigues. Não só para este texto, como para outros que sempre me surge do nada na cabeça!
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