quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Série Diário de Bordo: Slogan e haikai.


De colchão em colchão
chego à conclusão
meu lugar é no chão
(Paulo Leminsk)

            Inspiradora! Tentei procurar uma palavra um pouco menos faraônica para a última aula de redação publicitária, mas, por maiores que fossem meus despeitados esforços, me vi obrigado a dobrar os joelhos e ceder.
            Para melhor nos fazer entender sobre a força, não só semântica e rítmica, mas sensorial do slogan, o professor nos apresentou o haikai: pequenos conteúdos poéticos que ao menosprezar a força de significados acaba por nos garantir a sonoridade da sensação. Não poderia ser mais esclarecedor, um haikai comprimido é um slogan garantido! Bem assim, desse jeito!
            Sexta-feira continua sendo sexta; aquele dia arrastado, aquele dia crepuscular que nos faz perder o calor das atividades corriqueiras para ganharmos, como que por uma dose de analgésico, a luz nascente de mais um fim de sema que sempre vem acompanhado de um merecido descanso. Apesar disso, o dia era de calor e a ideia dos haikai’s espalhados pelas paredes deram um gás a mais na classe. Pelo menos na nossa agência houve acaloradas discussões sobre os slgan’s e temas que poderiam nascer de um pequeno punhado de palavras-pássaro!
            Engraçado é confundir um haikai com um cigarro, não sei se pela brevidade ou se pelo efeito acalentador de nervos...

2 comentários:

  1. Legal Thiago! Quando a gente gosta de escrever... tudo relacionado a texto nos motiva!

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  2. Talvez por isso tenha deixado para escrever nesta quinta, centenário de Nelson Rodrigues. Não só para este texto, como para outros que sempre me surge do nada na cabeça!

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